O lúpus eritematoso
sistêmico (LES) é uma doença autoimune que
significa que o sistema imunológico do corpo ataca tecidos saudáveis por
engano. Isso leva a inflamação a longo prazo (crônica) que pode afetar a pele,
as articulações, os rins, o cérebro e outros órgãos. A equipe do imunizando conseguiu uma entrevista com uma portadora de LES com o objetivo de trazer aos leitores como foi ao descobrir e como a mesma convive com isso.
Nome: Elizangela Ramos , tenho 35 anos
1.
Quanto tempo você descobriu que é portador de Lúpus?
Há 17 anos
tenho Lúpus
2.
O que você sentiu/sentia?
Eu sentia e sinto muitas dores nas articulações,
indisposição, vermelhidão no rosto, sensibilidade ao sol e a lâmpada fluorescente.
3.
Quando procurou o médico e qual foi o
prognóstico?
O diagnóstico
foi difícil na época, quase não se ouvia falar em Lúpus, então os médicos
achavam que poderia ser várias coisas. Sabia que era um reumatismo, mas não
sabia qual, suspeitava-se de Clagenose, Esclerordemia e até Leucemia, porém com
muitos exames laboratoriais clínicos chegou até a Les (Lúpus Eritematoso
sistêmico).
4.
Qual sua reação ao saber essa notícia?
Minha reação
foi ficar perdida, sem saber o que e era como seria isso, eu imaginava que eu
ia morrer logo, algo muito novo e assustador que ninguém sabia me informar
sobre nada e ninguém conhecia nada.
5.
Você se sente envergonhada de alguma forma ao
assumir que tem Lúpus?
Em alguns
momentos de crise já me senti com vergonha de sair na rua pois devido ao uso de
corticoides que um dos efeitos colaterais é o ganho de peso que causa umas
certas deformidades principalmente no rosto, a aparência muda muito e pra mim
que sempre trabalhei com estética ficava mais difícil ainda, hoje encaro melhor
a situação.
6.
O Lúpus te atrapalha na sua atividade diária?

7.
Como tem sido o seu tratamento? De 0 a 10,
quanto melhorou desde o seu início?
No momento
estou em tratamento agressivo, mas a doença está estável, o que está me
causando transtorno é e são os efeitos colaterais do tratamento então eu diria
que estou no meio com nota 5.
8.
O que você tem a dizer para as pessoas que
descobriram essa doença agora?
Eu diria para
quem descobriu agora que não vacile com o tratamento, abaixo de Deus o
tratamento é correto e fundamental, seguir a risca tudo para entrar em
atividade e não se desesperar, hoje a medicina dá muitas alternaticas e da pra
viver bem com algumas limitações. Já fiz muita fisioterapia e é fundamental nas
dores, e sempre digo que fisioterapeuta é um pouco psicólogo, o que ajuda muito
quando fico sem fazer sinto falta.
Lembrando que elas são chamadas carinhosamente de Borboletas, e que no decorrer dessa entrevista a nossa querida Elisângela disse que tinha acabado de voar uma amiga Borboleta que ela conhecia...
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