Hipersensibilidade Tipo I ou imediata, ocorre quando uma
resposta IgE é dirigida contra antígenos inócuos, como pólen, ácaro da poeira
doméstica ou pêlo
de animais. A liberação resultante de mediadores farmacológicos, tais como a
histamina, por mastócitos sensibilizados por IgE, produz uma reação
inflamatória aguda com sintomas como asma e rinite.
Conceitos usados na hipersensibilidade do tipo I
1. Alérgenos: São os antígeno, na hipersenbilidade do tipo I.
2. Sensibilização: Indivíduo entra em contato com alérgeno e esse contado denomina-se sensibilização e não imunização.
3. Alergia: ação alterada do sistema imune não esperada (mais genérica que atopia).
4. Atopia: ação incomum (tipo I)
Histórico
Anafilaxia é a reação sistêmica frente a um antígeno. Esse termo vem desde 1700. Lucrécio observou um rei com alergia ao morango e concluiu que tal alimento poderia causar morte de quem o comesse.
Profilaxia Imunizava-se cães com toxinas da anêmona marinha. Entretanto se fosse dada uma segunda injeção da toxina da anêmona o cão morria, caracterizando a anafilaxia, que é, portanto, o inverso da profilaxia.
Mecanismo
O mecanismo da hipersenbilidade tipo I depende da IgE.
Alergenos mais comuns: ácaros, poeira doméstica, peçonha de insetos (abelha), camarão, morango, drogas/medicamentos.
O indíviduo alérgico, quando em contato com certos alérgenos, sofre sensibilização e isso leva à produção enorme de IgE e revesimento de mastócitos e basófilos com Ig. (pessoas normais, na presença dos alérgenos, produzem IgG em quantidade moderadas e muito menores de IgE. Com isso teremos maior cooperação de LTH2, o que não é normal).
Esse processo possui fundo genético multifatorial. A característica da alergia se mantêm embora o tipo de manifestação clínica possa variar.
O desvio do atópico começa em LTH2 devido à sua cooperação maior. O fato de LB produzir IgE é conseqüência da ação do receptor de maior afinidade para IgE (menor concentração de antígeno leva ao estímulo de células) mais efetiva de LTH2.
LTH2 → IL4 → estimula LB a producir IgE.
A IgE vai à superficie de mastócitos e basófilos levando à segunda parte do mecanismo : Desencadeamento.
IgE liga-se por FcIgE no receptor FcERI na célula (basófilo e mastócito). Quando IgE gruda no seu receptor, apenas teremos uma células revestida de IgE. A partir da re-exposição ao mesmo alérgeno, ocorrerá o desencadeamento da reação alérgica. Existem graduações de dose para hipersensibilizar os organismos. Depois de sensibilizado, o desencadeamento é imediato. Por isso, essa reação é chamada de “Reação de hipersensibilidade imediata”.
No desencadeamento, após à re-exposição alérgeno, o alérgeno vai até IgE específica na superfície de células fazendo “Cross Linking”- reação cruzada. Com isso, ele liga-se a duas IgE sucessivas e promove a ativação de mastócitos e, conseqüentemente, liberação de mediadores.
Esses mediadores podem ser pré-formados e pós-formados;
Pré-formados: Aminas vaso ativas proteases / aminas vaso ativas histamina.
Pós-formados: Prostaglandinas, tromboxanos, leucotuenos, PAF.
Transcrição: citoquinas: IL4, IL5, IL3, IL8, TNα.
Conseqüências nos órgãos alvos:
· Vasos: dilatação
· Brônquios: constricção
· Intestino: aumento da motilidade (vômitos, diarréia ...) e das secreções
· Pulmões: aumento das secreções => bloqueio de vias aéreas.
· Reação anafilática: sistêmica => alérgeno na circulação sanguínea que induz mecanismo em mastócitos em vários tecidos ao mesmo tempo.
Não sistêmica => localizada nos tecidos.
Características da anafilaxia
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1ª fase: edema e eritema
· 5 – l0 min. Atinge o pico
· Diminui ( ou arrefece) antes de 1 hora
· Vasodilatação discreta; passagem de macromoléculas e fenido
· Liberação de mediadores pré-formados a partir de mastócitos e basófilos.
O mastócito é uma célula principal tecidual e no tecido eles se diferenciam.
O basófilo entra no tecido mediante reação inflamatória.
O mediador pré-formado mais importante é a histamina (maior vasodilatador) => fase inicial.
2ª fase: edema e eritema
· começa em 2 horas
· diminui em 24 horas
· Vasodilatação prolongada provocada por vasodilatadores potentes e de ação prolongada (leucotrieno e prostaglandinas – LK e PGs)
· Ação de mediadores neo-formados (PGs e LK) => maior VD
Perto do local das inflamações os locais de musculatura lisa estarão em constricção por receptores H => distribuição diferente ao longo das células e suas ações também são diferentes.
3ª fase: Reação de fase tardia
· começa em 2-4 horas, dura 24 horas
· infiltração de leucócitos: neutrófilos, eosinófilos, basófilos, LTCD4 + (TH2)
Nessa fase ocorre tudo o que ocorreu anteriormente e mais transcrição gênica para produção de citocinas.
IL4 e IL5 produzidas por TH2 são potentes agentes quimiotáticos para eosinófilos. Por isso, tais células são muito importantes no processo de anafilaxia (principalmente Células infiltradas no tecido na fase tardia. Isso ocorre na fase tardia pois o processo depende de transcrição gênica e posterior produção de citocinas. Tais citocinas induzem produção de moléculas de adesão, pelas células endoteliais, para que os eosinófilos passem do vaso para o tecido. O mastócitos ativados produzem, também, citocinas IL4 e IL5. IL4 => adesão do eosinófilo e IL5 => ativação de eosinófilo. Portanto, é o eosinófilo o principal responsável pela lesão tecidual através de degranulações específicas. Ação de citocinas que serão produzidas após estímulo para transcrição:
IL4 => produzida por mastócitos, basófilos, TH2 e LTCD8 (no local do processo inflamatório e ativados), age sobre células endotelial aumentando adesão do eosinófilo levando ao aumento da ativação do eosinófilo pela liberação de medidores( IL5).
Grânulos de eosinófilos contém proteína eosinofílica catiônica e proteína básica principal
IgE é um anticorpo que participa de um processo inflamatório específico.
Sintomas da anafilaxia: Edema generalizado , hipotensão brusca , pela brusca vasodilatação , bronco constrição , aumento de secreção intestinal e pulmonar. Quanto maior a concentração de alérgeno, maior reação alérgica.
· reação imediata (maior coceira)/histamina, LK, PG (inf. de méd. químico) => cor avermelhada
· Reação tardia (após 6 horas da aplicação do alérgeno). Parece um nódulo (duro). É dolorido (tem infiltrado celular) Coça pouco.
Urticária: vesícula cercada com área avermelhada e muito pruriginosa/coceira.
Itens importantes
. anafilotoxinas ativam mastócitos
. antígeno parasitário tem maior tendência de ativar IL4 pela anterior ativição de mastócitos
. antígenos adjuvantes também ativam mastócitos
. neo antígenos (droga endovenosa ou não que atingem o sangue. Elas se complexam à PT
plasmáticas formando neo antígenos os quais ativam mastócitos.
Na presença do IL4 produzida pelo mastócito, ocorre:
. ação na célula endotelial para produção de moléculas., adesão principalmente para eosinófilo.
. transaformação do LTHo em LTH2.
o LTH2 é responsável pela
- produção de IL4, aumentando ação da célula endotelial
- switch de LB, o qual passa a produzir a IgE.
Quando eosinófilo chega no tecido, ele é ativado por IL5 produzido por TH2, e degranula PT catrônica eosinofilicia e PT básica.
Anafilotoxinas (C3 e C5a) também ativam mastócitos.
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